segunda-feira, 22 de julho de 2013

Reflexão final

Trabalhando na área do ensino de Português como língua estrangeira e segunda, decidi inscrever-me no curso "Estilos de Uso do Espaço Virtual para a Aprendizagem Online" para me atualizar enquanto formadora numa era em que as novas tecnologias invadem o nosso dia-a-dia e contribuem drasticamente para a nossa aprendizagem. É inegável que o espaço virtual é uma fonte rica e inesgotável de informação e que, no caso de aprendizagem de uma língua estrangeira, traz inúmeras vantagens linguísticas e culturais.
Tendo já trabalhado como tutora em formações b-learning, pensei em frequentar o curso em questão para preencher lacunas no que diz respeito à educação e-learning e posso dizer que o balanço foi mais do que positivo. Para além de ter achado as aulas bem organizadas, os conteúdos foram de real importância para percebermos como é que os nossos os alunos (e nós próprios, evidentemente) aprendem nos dois contextos, o presencial e o virtual. Esta formação é, sem dúvida, uma mais-valia para compreendermos os quatro estilos predominantes no processo de ensino-aprendizagem. Certamente irei aplicar os questionários no início das minhas aulas de PLE para tentar estimular os meus formandos. Também apreciei a parte prática da formação, em que tivemos de realizar exercícios para os diferentes estilos. Articular atividades que contemplem os quatro estilos torna-se um desafio numa aula de língua estrangeira, já que primeiramente temos de privilegiar a abordagem comunicativa e contemplar as competências orais, escritas e de leitura.
Sem dúvida, este curso contribuiu positivamente para o meu desempenho enquanto professora e certamente enquanto aluna, já que foi a primeira vez que utilizei o espaço virtual formalmente para a minha formação contínua. Já agora, fica a sugestão para a Professora Daniela e para a Universidade Aberta: Por que não criar uma pós-graduação que aprofunde o tema?

Até breve,
Susana Vieira Ramos

sábado, 20 de julho de 2013

Guia didática 4 - atividade para ensino online

Aula: Português Língua Estrangeira/Segunda
Ferramenta de ensino: Plataforma Moodle
Tema: Tradições portuguesas: a tourada
Nível: C1 e C2 (nível avançado segundo o QECR)
Competências a desenvolver: Leitura/Escrita/Oralidade/Áudio-visual/Pragmática

Atividade/Objetivo: A turma de 4 alunos deve criar um documentário audio-visual de 30 minutos com diferentes perspetivas/opiniões da tourada em Portugal.

Etapa 1 (trabalho individual):

Efetue pesquisas online sobre a tourada em Portugal. Depois de selecionar informação que acha pertinente sobre o tema, disponibilize os links na plataforma de ensino fazendo um resumo do que viu em cada um (estilo busca e pesquisa e estrutura e planeamento).

Etapa 2 (trabalho individual):

Através das redes sociais em voga (facebook, twitter, etc), procure grupos portugueses de aficionados, de simpatizantes anti-tourada e de associações de proteção dos animais. Encontre um voluntário de cada grupo que se disponibilize a dar o seu testemunho/opinião sobre o tema proposto (o aluno deverá elaborar um questionário prévio) em forma de vídeo (o aluno pode recorrer a diferentes ferramentas para o efeito) - aqui são contemplados os 4 estilos (participativo, busca e pesquisa, estrutura e planeamento e ação e produção).

Etapa 3 (trabalho de grupo):

Juntamente com os colegas de grupo, desenvolva um trabalho colaborativo em rede (através do fórum disponibilizado na plataforma, do skype ou outra ferramenta adequada) em que procedem à realização do guião e da respetiva montagem dos vídeos - aqui são contemplados novamente os 4 estilos.

Etapa 4 (trabalho de grupo):

Juntamente com os colegas, crie um cenário de aprendizagem online e disponibilize o documentário para visualização com uma sinopse do mesmo (estilos participativo e ação e produção).

Guia didática 4 - Atividade para aula presencial

Aula: Português Língua Estrangeira/Segunda
Tema: Violência doméstica
Nível: C1 (nível avançado segundo o QECR)
Competências a desenvolver: Leitura/Escrita/Oralidade/Pragmática

Atividade/Objetivo: Fazer uma exposição oral sobre o tema violência doméstica.

Etapa 1:

Faça uma pesquisa no website www.cig.gov.pt (Comissão para a cidadania e a Igualdade de Género) sobre a violência doméstica e responda às seguintes questões (estilo ativo):

1. Segundo a Declaração e Plataforma de Ação de Pequim da ONU (1995), como é considerada a violência doméstica?
2. Quem são as pessoas mais afetadas por este fenómeno?
3. Que medidas devem ser tomadas para prevenir a violência doméstica?

Etapa 2:

A partir do IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2011-2013), elabore um mapa conceitual onde expõe as principais medidas a serem tomadas para combater a violência doméstica (estilo teórico).

Etapa 3:

Elabore um texto argumentativo (cerca de 500 palavras) onde expõe a situação de violência doméstica existente no seu país de origem comparando-a com Portugal (estilo reflexivo).

Etapa 4:

Em trabalho de pares, faça um levantamento de quatro imagens sobre violência doméstica e apresente-as à turma, imaginando uma possível história para cada uma delas (estilo pragmático).

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Guia didática 2 - Correção da Atividade final

Tema: Autores lusófonos
Jorge Amado
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

Estilo Ativo:

1. Após uma pesquisa sobre O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, responda às seguintes questões:

a) Em que ano e em que cidade a obra foi escrita?
b) Em quem se inspirou o autor para a criação da obra?
c) Qual o tema principal da obra?


Estilo Teórico:

1. Após a leitura da obra, faça um mapa conceitual de cada capítulo, onde resume a história.


Estilo Reflexivo:

1. Tendo em conta o tema da obra, escreva um texto sobre o mesmo relacionando-o com a sua experiência pessoal no seu país de origem.

Estilo Pragmático:

1. Em conjunto com os seus colegas de grupo, faça uma apresentação à turma sobre O amor e as suas diferenças, recorrendo a fotografias que registaram na última semana.

domingo, 23 de junho de 2013

Guia Didática 2 - Atividade final

Os seguintes exercícios surgem no âmbito da atividade final da Guia Didática 2, do curso Estilos de uso do espaço virtual para a aprendizagem online, da Universidade Aberta.

Os exercícios propostos tentam contemplar os quatro estilos de aprendizagem, no âmbito de uma aula de Português Língua Estrangeira, nível avançado (C1), tendo como tema: Língua Portuguesa - diversidade linguística.

Estilo Ativo:


Actividade 1 – Exercício áudio “Ritmo de Angola influencia linguagem em Portugal”

 


 

1.     Visualize o vídeo no link acima indicado e leia as questões a seguir apresentadas. Selecione a opção mais adequada para completar cada uma das afirmações.

 

A.    O Kuduru nasceu em Angola e foi trazido para Portugal por

a)      emigrantes africanos

b)      imigrantes africanos

c)      emigrantes angolanos

d)     imigrantes angolanos

 

B.     O kuduru tem influências

a)      progressivas

b)      jazz

c)      techno

d)     house e techno

 

C.    Em Portugal, o Kuduru apareceu

a)      no centro de Lisboa

b)      por todo o país

c)      nos arredores de Lisboa

d)     no interior do país

 

D.    O kuduru influenciou a música portuguesa e

a)      a maneira de vestir dos portugueses

b)      a maneira de cantar dos portugueses

c)      a maneira de falar dos portugueses

d)     a maneira de dançar dos portugueses

E.     “Tirosa” significa:

a)      cantar

b)      chegar

c)      ir-se embora

d)     desaparecer

 

F.     “Bué” significa:

a)      muito

b)      muito pouco

c)      mau

d)     pouco

 

G.    “Cota” significa:

a)      medida

b)      mais velho

c)      família

d)     número

 

H.    “Birra” significa:

a)      capricho

b)      cerveja

c)      grito

d)     refrigerante

 

I.       A introdução de vocábulos do Português do Brasil no Português Europeu deu-se através:

a)      da literatura

b)      da rádio

c)      da televisão

d)     da internet

 

Estilo Teórico:


Actividade 2 – Provérbios lusófonos


1.      Dos provérbios a seguir apresentados, agrupe os que têm o mesmo significado e explique o seu sentido.
 
A união faz a força” (Portugal)               
“Filho de gato arranha” (Guiné-Bissau)
“Amizade quebrada pode soldar, mas não há-de sarar” (Portugal)
“Velhice, segunda meninice” (Portugal)
“Quem o feio ama, bonito lhe parece” (Portugal)
“A velha rola tem o bico mole” (Angola)
“Um braço só não tem força” (Moçambique)
Despejou-se no chão a massambala, o recolher nunca é completo” (Angola)
“O macaco não diz que o filho é feio” (Guiné-Bissau)
“Mais vale tico-tico no prato que jacu no mato” (Brasil)
 “Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar” (Portugal)
“Filho de peixe sabe nadar” (Portugal)
 
 
Estilo Pragmático:


Actividade 3 – Provérbios lusófonos - continuação

  
1.      Selecione um provérbio da lista anterior para simular uma história com os seus colegas de grupo.
 
 

Estilo Reflexivo:


Actividade 4 – "Acordo ortográfico: o que muda na língua portuguesa a partir de 2009"

 
 
1. Leia o texto que se segue e faça um comentário fundamentado acerca das principais vantagens e desvantagens do novo Acordo Ortográfico (mínimo 200 palavras).


Proposto pela Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP), o acordo pretende uniformizar a ortografia dos oito países falantes do idioma (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste). Juntos, eles somam uma população estimada em 230 milhões de pessoas (sendo 190 milhões só do Brasil). Com o acordo, a língua portuguesa deixará de ser a única com duas ortografias e poderá ser classificada como idioma oficial na Unesco.
A discussão sobre essa unificação não é de agora. A primeira iniciativa em conjunto com todos os países lusófonos foi encabeçada pelo governo brasileiro em 1986 (só o Timor Leste ficou de fora, porque ainda não era um país independente). O acordo proposto à época era ousado, com intenção de unificação de 99,5% do vocabulário - no acordo atual, essa porcentagem é de 98%. Entre as regras, existia uma, por exemplo, que acabava com o acento agudo em todas as palavras proparoxítonas e paroxítonas. Assim, numa tacada só. Exemplo: “grávida” e “pedágio”, respectivamente, perderiam seus acentos. Só as oxítonas escapariam do escalpe. Portugal não concordou com a proposta.
Dois anos depois, esse projeto incorporou concessões de Portugal e deu origem ao anteprojeto do acordo ortográfico que será adotado agora. Em 1990, ele foi assinado por todos os países falantes da língua portuguesa. De lá para cá, sofreu algumas modificações e, a partir de 2004, a maioria dos povos lusófonos ratificou o documento. São eles, na sequência: Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal, que foi o último a aderir, em agosto de 2008, o que, aliás, acelerou o processo de adoção de fato das novas regras com o estabelecimento de um cronograma oficial para implantação.
Mas a sociedade portuguesa ainda está reticente. Enxerga o acordo como uma autorização para o “abrasileiramento” de sua língua-mãe. Para o professor Pasquale Cipro Neto, ainda há uma possibilidade real de desistência de Portugal: “Embora o presidente português já tenha sancionado a lei, há uma forte resistência popular, de intelectuais, formadores de opinião e de editoras de lá. O que seria um acordo de unificação pode distanciar ainda mais a língua”, diz. Assim iriam por água abaixo as metas previstas pela unificação: aproximar os países lusófonos para negócios futuros, reduzir os custos com a produção e adaptação de livros e simplificar algumas regras gramaticais.
Mas nem era para tanto estardalhaço. Colocadas na ponta do lápis, as mudanças são pequenas: vão afetar 0,43% do vocabulário brasileiro e 1,42% do português. As novas regras incluem mudanças de acentuação, a eliminação do trema, empregos diferentes para o hífen, entre outros novos padrões. “Pela força do hábito, os novos padrões serão incorporados gradualmente, assim como já aconteceu antes”, opina Eduardo Lopes, professor de língua portuguesa do Curso Anglo Vestibulares.
Críticas
Apesar de não serem muitas, as mudanças propostas pelo novo acordo têm gerado polêmica entre gramáticos, dicionaristas e editores brasileiros. O professor Pasquale condena o decreto: “[O acordo] é inútil. Os custos dessa mudança são muito maiores que os benefícios. Será preciso reescrever tudo. Criará uma instabilidade na grafia, os meios de comunicação sofrem. Isso só aumenta a confusão da língua”, afirma.
O hífen, por exemplo, vai continuar a existir com novas regras - e continuar a atrapalhar a vida do brasileiro. “A melhor saída para resolver as dúvidas ainda será a consulta”, diz Pasquale. Perdeu-se a oportunidade de se fazer “uma regra mais econômica e simples de emprego do hífen”, na visão do professor Eduardo Lopes.
Paulo Geiger, coordenador do projeto digital do dicionário Caldas Aulete, da Lexikon Editora, acredita que o acordo só vai confundir a cabeça dos falantes daqui, mas isso será passageiro: “Há uma grande celeuma em torno disso, mas na verdade é uma coisa muito simples. Uma vez absorvida a regra, não há o que temer”, afirma. A versão online do dicionário já passa por alterações desde a primeira semana de outubro deste ano.
Para Geiger, o acordo não garantirá a unificação do idioma entre os países que falam português: “Algumas formas ortográficas existentes hoje no Brasil e em Portugal continuam valendo. São os casos de “Antônio” e “polêmico”, que se escrevem com acento agudo em Portugal (“António” e “polémico”). Além disso, a semântica vai continuar a mesma. A 'fila' do Brasil vai continuar sendo a 'bicha' de Portugal”, afirma.
O acordo também esconde algumas imprecisões. As regras para o emprego do hífen são, de longe, as que acumulam mais interrogações. Pelo acordo, nas formações em que o prefixo termina em vogal diferente, o hífen cai. Mas e as que terminam com consoantes iguais, como “sub-bloco”, ou “sub-base”, por exemplo? Elas vão ficar com um duplo b, tipo “subbloco” e “subbase”? Não há menção no acordo.
Outra regra atesta que todas as palavras de espécies biológicas e geológicas formadas por justaposição devem levar o hífen. Mas a palavra “madressilva” continua sem ele...
A lista com as mudanças, divulgada pela CPLP, não relacionou todos os exemplos possíveis para cada regra. Isso, na visão dos especialistas da língua, é bem ruim. Um enigmático “etc” figura no fim de todas as listas de exemplos divulgadas, o que não tem ajudado na consulta e solução de dúvidas que vêm surgindo.

 
                                                                               

Por Rachel Bonino


(texto adaptado)